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Cruzamento do habibs

Praça Kazuo Kimura ( Praça do Habibs)

Publiquei uma das ideias para a cidade no quesito “mobilidade” e deu para sentir que é um problema urbano que afeta um grande número de pessoas, onde até teve desdobramento com notícia no jornal Diário de Mogi.

No post apresentado, um funcionário do Departamento de Transito comentou que já pensaram na proposta apresentada, mas por conta do Córrego do Lava Pés, haveria a necessidade de se fazer um ponte que seria implantada dentro do projeto Eco Tietê.

Conheço o projeto Eco Tietê e não vi nenhuma intervenção na rotatória, mas, projetos e verbas mudam conforme o vento sopra.

Fiquei pensando uma maneira de resolver o problema de mobilidade sem esperar as intervenções do Eco Tietê e partir para pensar soluções.

A solução apresentada respeita as infraestruturas existentes, fazendo apenas um ordenamento do fluxo do transito, onde aproveitei para transformar a Praça Kazuo Kimura, mais conhecida como Rotatória do Habibs, fazendo uma homenagem a comunidade japonesa e ao próprio Parque Centenário que fica próximo. Acabei colocando uma escultura que faz alusão a bandeira do Japão.

A proposta continua a mesma. Para quem vai virar a direita, não tem semáforo e é livre. Para quem vai cruzar a via, teríamos um semáforo como qualquer outro cruzamento.

Torço para que algumas destas idéias vinguem.

Arquiteto e Urbanista – Paulo Pinhal.

projeto catavento

Catavento

Descentralização dos instrumentos culturais.

Considerando que quando analisamos os mapas da cidade de São Paulo: Da Violência e dos Instrumentos culturais, se observa que onde existem mais violências são as regiões desprovidas de Instrumentos culturais, e o que tem menos violências são os que tem mais instrumentos culturais.

Vamos entender que Instrumentos culturais podem ser espaços físicos ou atividades que venha a contribuir para a cultura e educação do povo.

Se tivermos uma gestão que possa facilitar os acessos à instrumentos culturais estaremos preparando os cidadãos para a fuga da ignorância, alem de mostrar caminhos e criar oportunidades para os talentos naturais existentes em toda a cidade.

Focando inicialmente nas crianças, seguindo do adolecente até atingir toda a sociedade. A cultura como um óculos para o miope. Fazendo com que as pessoas vejam horizontes de oportunidades para o crescimento pessoal e familiar.

A Descentralização.

Se for implantado Programas culturais em periferia, começando com um espaço que possa agregar Biblioteca, Anfiteatro simples, que seja uma construção sustentável com energias elétricas por meio de Placas Fotovoltaicas ou por Energia eólicas. Que a construção tenha reuso de água, bem como horta urbana e vegetações com árvores nativas favorecendo a fauna.

Projeto Catavento

   O projeto Catavento que agrega uma Biblioteca que funciona como uma célula do sistema de biblioteca do Município, onde o cidadão consegue acesso à livros existentes na cidade, mediante agendamento, sem a nescessidade de se deslocar até a Biblioteca Central.

    Da Biblioteca central saem os livros solicitados pela Unidades das periferias chamadas de Catavento, de acordo com a demanda. Deixar mais acessível os livros para os cidadãos é a proposta.

   Os edifícios Cataventos espalhados pela cidade de maneira padrão e com comunicação visual igual para ser identificado em qualquer bairro da cidade. Prestando sempre o mesmo serviço e sob a responsabilidade de Associações ou Ongs locais.

   As atividades culturais devem ser planejadas para que toda a cidade receba tanto filmes, palestras bem como peças teatrais sejam iguais em todas as unidades da cidade, fazendo que estas atividades se tornem itinerantes.

 A proposta arquitetônica segue uma linha de peças pré moldadas.

Neste espaço é possível também ter pequenos shows musicais acústicos.

Mercadão 24 horas

Mercadão 24 horas

Mogi das Cruzes – São Paulo.

  1. Viver o Centro de Mogi a noite

Desafio os amigos a fazer um passeio a noite a pé pelo centro da cidade de Mogi das Cruzes. Se gosta de aventura e adrenalina é um prato cheio. Provavelmente por toda esta aventura que o centro oferece é que os Shoppings sejam a opção mais segura, lembrando que nem todo mundo da cidade tem condições de ir até o Shopping e mesmo que não compre nada, ainda existe o custo do estacionamento. Isto aumenta a desigualdade da sociedade e a falta de opção de lazer para todos.

2. Viver o Centro de Mogi a noite.

Parabéns para quem pode frequentar o shopping ou mesmo a área do Monte Líbano, mas o meu foco é a cidade como um todo. A cidade de Mogi é por natureza desigual.

No centro da cidade é que estão os principais Instrumentos Culturais da cidade, que são as melhores opções para quem não tem dinheiro para acessar lazer e entretenimentos e que no período da noite funcionam até certo período e depois o centro todo morre.

3. Viver o Centro de Mogi a noite.

Temos um centro da cidade que só funciona no período diurno, pois quando a noite chega, perdemos a cidade para os sem tetos, apesar do excelente trabalho que são desenvolvidos pelos Assistentes Sociais e seus Programas, perdemos para a prostituição e perdemos para os marginais noturno, incluindo os pichadores que dominam a área.

              Passear a pé pelo centro da cidade depois de certa hora, passa a ser um aventura com muita adrenalina.

4. Viver o Centro de Mogi a noite.

Carga e descarga de produtos a noite e de dia.

No período do dia o maior problema que temos na cidade é o trânsito e ele fica pior quando há carga e descarga de mercadorias feitas por caminhões. Apesar de ter um horário controlado, mas o problema maior é que o transporte pesado incluindo o ônibus que abala as estruturas das construções centenárias do centro da cidade.

  • Existem várias cidades no mundo que adotaram outros tipos de abastecimento sem caminhões nas áreas centrais. Não podemos esquecer que é o nosso Centro Histórico de Mogi. A Prefeitura deve urgentemente aplicar o I do artigo 6º da Lei Nº 6288 de 14 de setembro de 2009, pois ela está sendo conivente com a degradação dos edifícios históricos.
  • O pior caso está nos ônibus que trafegam pela Rua São João em frente da Igreja do Carmo, monumento tombado pelo Patrimônio, municipal, estadual e federal. A igreja vem nos últimos anos apresentando trincas e rachaduras decorrente ao transporte pesado que passa pela via.
  • Na região do Mercadão não é diferente, pois os caminhões, mesmo pequenos ocupam espaço que poderiam ajudar na mobilidade do transito.

5. Viver o Centro de Mogi a noite.

Segurança a noite.

O Brasil inteiro tem problemas sociais e com seguranças a noite. Não é um privilégio da cidade de Mogi das Cruzes.

Mas vale lembrar que quando há vontade política, podemos amenizar esta situação.

Já tive oportunidade de andar pelas madrugadas no Bronx, distritos de Nova York, Buenos Aires e várias cidades da Europa e nunca me senti inseguro. Em Nova York implantaram a “Tolerância Zero” e fez com que a população sentisse segura em caminhar e usar os equipamentos urbanos na madrugada.

Mas o melhor exemplo da cidade é a Praça do Bom Jesus (São Benedito) que havíamos perdido para os moradores de rua. Apesar do excelente trabalho que os Assistentes Sociais e Programas que a Prefeitura tem, a Praça distanciou os cidadãos comuns e seus familiares de usar aquele espaço público.

A Prefeitura fez um trabalho que conseguiu resgatar a Praça para o povo e continua vigilante para evitar que aquela situação caótica volte.

Assim como fez na Praça do Bom Jesus, pode ser aplicado em todo o centro da cidade. Criando um Tolerância Zero mogiano.

6. Viver o Centro de Mogi a noite.

Descentralização

A cidade de Mogi das Cruzes peca nas questões de mobilidade. Além de ser uma cidade antiga com ruas e calçadas estreitas no centro da cidade, não existe um planejamento diametral de circulação do trânsito. Todo o trânsito entre bairros tem que passar pelo centro trazendo muitos carros que estão apenas de passagem. O resultado todos conhecemos.

Não é culpa só desta gestão, mas é uma característica das últimas décadas que foi dominada pela Associação Comercial e seus interesses pessoais e não da cidade.

A Lei de uso e ocupação do solo existente trouxe um olhar para que facilitasse o comercio local, fazendo com que os bairros ficassem autossuficientes e sem a necessidade de vir para o centro da cidade. Na teoria é fantástico, mas ainda não temos eficiência em sua aplicação, principalmente quando o assunto é espaços de lazer e cultura público. O Botujuru por exemplo não tem nenhuma Praça Publica e nem agência do Correio e Banco.

A descentralização deve ser aplicada em toda a sua essência, e deixar o centro como um Centro da História da cidade atraindo principalmente o Turismo, afinal somos um MIT – Município de Interesse Turísticos.

Dar mais vida para o Centro da cidade a noite pode fazer toda a diferença, inclusive para os comerciantes.

7. Viver o Centro de Mogi a noite.

Viva o centro

Alguns anos atrás participei de um movimento que chamava “Viva o Centro”. Muito interessante a proposta até descobrir que era um trampolim político. Nunca mais ouvi sobre o movimento e acho que deve ter morrido.

Os comerciantes do centro com a concorrência de outros locais como Hipermercados, Malls, Shopping e Centro Comerciais por conta de estacionamento e segurança perderam clientes potenciais.

A questão de estacionamento é um problema que tem solução e entre elas esta ter áreas de estacionamentos nas extremidades do centro e fazer o traslado com um VLT ou Micro-ônibus. A pessoa já se habituou a pagar estacionamento, só que com a baldeação, ficaria mais fácil para sair do centro.

Se fosse no período noturno, criar estacionamento controlado com segurança, além de ter transporte coletivo 24 horas.

8. Viver o Centro de Mogi a noite.

Mercadão Municipal

Quem viaja pelo interior do Brasil sabe muito bem que quando tem um Mercadão é ali que encontramos os produtos típicos da região.

Temos em nossa memória encontrar a Geleia de Mocotó, as galinhas vivas, as carnes secas, o maravilhoso figo cristalizado que presenteei muitos amigos, pois era especial, hoje existe, mas é industrializado. Entre tantas outras coisas e por conta do próprio mercado da cidade o nosso Mercadão se transformou.

Hoje encontramos no Mercadão o que encontramos na maioria dos supermercados e ainda vemos muitas lojas fechadas e algumas até como depósito em uma área nobre comercial. Sou frequentador do mercadão, mas cada vez que entro sinto que aquele Mercadão ficou para tras.

Quando fiz um curso na Sorbonne, o pessoal combinou de levar um presente para o reitor que representasse a cidade. Bem caqui não dava para levar, por conta de que eles não deixam entrar frutas na França. O jeito foi procurar alguma lembrança de Mogi e percorri toda a cidade e não encontrei nada até que cheguei no Mercadão e em uma banquinha onde vendia buchas, encontrei uma canequinha de bambu escrita “Lembrança de Mogi”. Foi o que me salvou.

Ter um Mercadão que venda produtos regionais e lembranças de Mogi deve ser o foco para a próxima ideia.

9. Viver o Centro de Mogi a noite.

Mercadão 24 horas

Vamos considerar que o centro da cidade morre a noite. Que as ruas ficam inseguras por conta de seus frequentadores e os cidadãos desaparecem em seus bairros que na maioria são pobres de atividades culturais.

Fazer com que o Mercadão funcione “24 horas”, traria uma nova vida para o centro da cidade, onde todos ganhariam: Comerciantes e população.

Que dentro do Mercadão tivéssemos bancas de serviços essenciais, como: Chaveiros, Sapateiros, Costureiras, encanadores, eletricistas e outros, além de produtos já comercializados no espaço comercial.

Nos outros post que fiz coloquei as questões de mal uso do espaço, estacionamentos, segurança, valor histórico e cultural. Antes da pandemia a feira noturna do Varejão era o maior sucesso, mesmo sendo para alguns fora de mão.

No centro da cidade temos infraestrutura comercial e cultural que adormece em momento que o consumo aumenta. Eis a oportunidade de mudar a história da cidade e do centro de Mogi das Cruzes.

Considerar o mercadão como ponto central da vitalização noturna do centro agregando atividades culturais e esportivas (corrida, caminhada, bicicletas) que contribuiria para que a população ganhasse novamente o espaço e com o aquecimento do comércio.

10. Viver o Centro de Mogi a noite.

Rua Coberta.

A necessidade de atrair mais o público para o Mercadão está fazendo com que a Secretaria da Agricultura pense em fazer uma Praça de Alimentação dentro do mercado nos próximos meses.

Eu sempre falo para os alunos que a arquitetura não resolve tudo. Existe o lado comportamental que deve ser trabalhado para que a arquitetura facilite o desenvolvimento das atividades.

Me lembro do Ex Prefeito Bertaiolli querendo que os comerciantes fizessem sanduiches de mortadela para que pudesse atrair mais pessoas como ocorre no Mercadão de São Paulo. Quer comer um pão com mortadela no Mercadão de São Paulo?. Entre na fila.

Mas sabendo das intenções é que me propus a oferecer um estudo de implantação de uma Praça de Alimentação na Rua Lateral que é subutilizada e que pudesse fazer a integração do interno com o externo.

A proposta inicial apresentada nas redes sociais foi muito bem recebida, o que significa que a população quer mudanças.

Este espaço externo coberto teria conexão direta com o Mercadão e facilidade de acesso aos sanitários, por outro lado estaremos criando local adequado para atividades culturais e de fácil acesso para a população.

Ajudamos o Mercadão e damos vida para o Centro.

Todos os outros questionamentos que possam ser levantados estão nos posts de 1 a 9 e as questões que não estão, podemos abordar.

Fica aqui a contribuição de mais uma ideia para a cidade, visando a melhoria sempre.

Cinema ao ar livre

Cinema ao ar livre

Mogi das Cruzes.

O nosso Centro da cidade vive um momento difícil. O comércio crescendo para a periferia, novos Centros de compras pipocando pela cidade e a tendência é aumentar, pois a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município favorece. O Trânsito contribui para congestionar e fazer com que o consumidor pense duas vezes antes de ir até o Centro da cidade.

O resultado pode ser visto por meio de um passeio onde o número de lojas fechadas refletem exatamente o que já sabemos há algum tempo. O Centro está morrendo.

Os principais instrumentos culturais que estão no centro tem um horário de funcionamento “comercial” o que contribui para que nos fins de semana tenhamos um Centro sem vida e até certo ponto perigoso. Mesmo durante o dia.

A noite nem se fala. A partir das 19h00 o Centro da cidade se esvazia e surge os novos donos do pedaço: Prostituta, Vândalos e Moradores de Ruas. Eles não estão errados, pois abandonamos a área Central.

Dentro da proposta de dar vida ao Centro estamos propondo uma ideia para que possa vitalizar, humanizar e valorizar o nosso Centro Histórico.

Cinema ao ar Livre

Já temos local perfeito que é a Praça do Rosário, mais conhecida com a Praça da Marisa onde poderíamos colocar uma tela e um projetor que pode ficar em uma Van e projetar sessão de cinema com Audiodescrição e favorecendo área para os cadeirantes. Hoje é possível com o sistema bluetooth acessar por fone de ouvido diretamente do celular o áudio.

A proposta é mais cultural do que arquitetônica, pois o que valerá serão os conteúdos que serão projetados. Podendo apresentar Festivais de 1 minuto, Festivais Mogianos, Festival dos filmes do Oscar, Festival do Mazaropi etc…

Olha que oportunidade temos a um custo muito barato de ter vida no Centro nos horários da noite até as 22h00 e nos finais de semana. Seria uma forma de passar cultura para os nossos cidadãos.

Com o movimento no Centro, as lojas podem ficar abertas até mais tarde, criando dinâmicas e atividades que ajudarão também as questões de segurança. Como falei. Se nós cidadãos não tomarmos o território, alguém da marginalidade toma.

Quando tem os Foodtrucks no Parque da cidade, a vizinhança toda reclama, e porque não na Praça onde terá o Cinema ao Ar livre, principalmente aos sábados e domingos. Tenho certeza que vai ter muito consumidor em horários alternativos e esta atividade não atrapalha a rotina do comercio local com o seu horário comercial.

Vão existir um monte de críticas a proposta, mas devemos pensar vitalizar o Centro da Cidade antes que ele morra de vez. Exemplo em outras cidades temos aos montes.

Vamos redescobrir o potencial do Centro.

Faixa Cidadão

Faixa Cidadão

Como o cidadão e cadeirante utilizam a calçada para circular nesta rua ?

Como urbanista venho propor a criação de uma “Faixa Cidadão” nas ruas com declividades, deixando uma faixa de segurança de 1,20m para os pedestres, ciclistas e cadeirantes, visando a mobilidade nas ruas.

Esta Faixa Cidadão tem uma proteção com o trapézio de concreto para que os automóveis não tenham acesso, deixando espaço apenas para os acessos aos automóveis para as casas.

Ela é provida de faixa podotátil para a mobilidade do deficiente visual. 

A faixa amarela é a Faixa Cidadão para todas as ruas inclinadas da cidade.
Os trapézios de concreto evitam que os carros avancem.

Duplicação Mogi Bertioga

Estrada sobre estrada

Paulo Pinhal

A SP-98 é a Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro mais conhecida como Rodovia Mogi-Bertioga, foi inaugurada em 1982, durante a gestão do governador Paulo Maluf, ligando o município de Mogi das Cruzes, localizado no planalto, até Bertioga.

Mogi das Cruzes sempre sonhou em ter um acesso ao litoral, pois a praia fica a mais ou menos 50 quilometros da cidade. A construção da estrada sempre foi promessa dos politicos mogianos que se realizou com o empenho do então Prefeito Waldemar Costa Filho e com a ajuda técnica do Engenheiro Jamil Halage.

A construção da estrada impactou de maneira positiva para ambos os municipios. Mogi das Cruzes que passou ser uma opção de acesso para o Litoral Paulista e para Bertioga cujo crescimento exponencial contribui para que em 1991 o municipio deixasse de ser um pequeno distrito de Santos.

Todas estas facilidades de acesso, com o tempo veio o aumento do número de carros e pouco se fez para a melhora da estrada e no trecho da serra continua a mesma de 35 anos atrás, fazendo com que congestionamentos sejam constantes, principalmente em período de feriados.

A necessidade de duplicação da pista é um assunto debatido constantemente, mas devido a uma série de fatores e entre eles a questão da estrada estar cortando o Parque Estadual da Serra do Mar e outras áreas que são de mananciais, as questões de desapropriações e do impacto ambiental que a duplicação causará.

Pensando exatamente nestes problemas que resolvemos apresentar uma proposta de se criar uma estrada em cima da existente. Mesmo causando impacto, mas em menor proporção, alem de ser um sistema construtivo que é composto por Pórticos colocados às margens da estrada e com lajes estaiadas prevendo que sua implantação não seria necessária a paralização da estrada por longos períodos.

Com uma estrada em cima da outra, poderia a de cima ser no sentido Mogi das Cruzes Bertioga para desfrutar a bela vista do litoral e o retorno e subida da serra por baixo, com toda a estrada iluminada utilizando a tecnologia de placas de fotovoltaicas.

Um ponto fundamental para toda a estrada tanto a de cima como a de baixo é a captação das águas pluviais e o seu despejo passando por um sistema de tratamento de água para que as águas contaminadas com óleo, borrachas e poluição do asfalto não venham contaminarem os córregos e rios que margeam a estrada.

A proposta pode ser utópica para o momento, mas não deixa de ser uma contribuição para ampliar os debates em busca de soluções para o transito nos próximos anos.

Passarela da fé

Passarela da Fé

Arquiteto e Urbanista : Paulo Pinhal

Todos os anos uma multidão de fieis fazem peregrinação para Aparecida do Norte para ver a Padroeira do Brasil. Em sua maioria prefere fazer pela Rodovia Presidente Dutra, pois ela é bem servida de apoio, quer seja dos Postos de Serviços e Restaurantes, bem como também de voluntários que se dispõe a ajudar os peregrinos, fornecendo água, frutas, café etc…

Conforme a concessionária CCR Nova Dutra, mesmo com as campanhas de orientação, o número de peregrinos na estrada só vem aumentando. No ano passado, foram contabilizados 20 mil romeiros caminhando pela rodovia com destino à Aparecida, no período da festa, em outubro.

A concessionária e o DER pedem que os romeiros usem caminhos alternativos mais seguros, como a Rota da Luz. Criado pelo governo estadual, esse roteiro começa em Mogi das Cruzes, próximo da capital, e segue paralelo à Dutra por 194 km até Aparecida, passando por ruas e estradas menos movimentadas de oito cidades.

A rota é sinalizada. Conforme Virgílio Leocádio, gestor de atendimento da concessionária, apesar das campanhas, o roteiro mais seguro ainda é pouco utilizado, principalmente por falta de apoio ao longo do caminho.

A certeza do aumento de peregrinos a cada ano e o pouco apoio dado pela concessionária que se limita a apenas avisar os motoristas para terem cuidados com os peregrinos no acostamento é um anuncio para uma tragédia maior.

Os peregrinos já estão em estado de vulnerabilidade, pois estão ocupando o acostamento e as vezes em pirambeiras sem qualquer tipo de proteção.

Proposta.

Considerando a responsabilidade da CCR com quem circula pela estrada, sendo responsável indireta por todos os acidentes que ocorrem. O mínimo que ela deve fazer é proporcionar segurança para os seus contribuintes.

         Testemunhamos um grupo de peregrinos a pé que estrangulou o acostamento e fez com que um ciclista para não bater neles entrasse na pista, fazendo com que um carro que vinha freasse para não bater no ciclista e este por sua vez estava sendo acompanhado com uma moto na traseira, que por conta da freada acabou batendo na traseira do carro e girando pegou outra moto. Um ônibus vinha na velocidade permitida para a Rodovia e vários romeiros entraram na pista para segurar o transito e evitar que os motociclistas no chão não fossem esmagados. Poderia ser uma tragédia com perdas de vida, mas tivemos só perdas materiais.

Situações como esta, sempre ocorrem, e a CCR não deixa de ser responsável indiretamente por estes eventos.

Nossa proposta é a criação de uma calçada de 1,50m de largura em “placas” que vá de Guarulhos a Aparecida do Norte.

         Esta passarela, denominada “Passarela da Fé”, seria patrocinada pelas empresas que estão ao longo da Dutra, criando condições de não gerar despesas para a concessionária. Por outro lado, teríamos um ordenamento de uso com segurança para os peregrinos.

         Alguns trechos onde não dá para construir a passarela, nós teríamos um estreitamento do acostamento de uns 0,80m., para que não prejudicasse os automóveis.

         Acreditamos que esta é uma proposta que vai dar segurança aos peregrinos.

          Vamos salvar vidas.           

Mogi das Cruzes, 15 de outubro de 2019

Coracidade

Coracidade

Proposta do CDA – Colégio de Arquitetos/ Pinhal Arquitetura oferecida para a Secretaria da Cultura de Mogi das Cruzes, visando promover a limpeza visual na cidade, oferecer oportunidade para a profissão de pintor, envolver a sociedade no processo e ajudar a natureza com o reaproveitamento das sobras de tintas. 

Coracidade é um projeto que tem como objetivo principal a melhoria visual da cidade, por meio das cores.

  1. Cor na cidade

Sabemos que as Cidades coloridas oferecem uma atmosfera divertida e descontraída. As cores, intensas ou em tom pastel, se alteram a cada esquina, a cada muro, a cada casa. O resultado é um extraordinário impacto visual, fazendo destas cidades verdadeiras paletas urbanas.

A imagem que formamos do meio em que vivemos, essa paisagem urbana que apreendemos, é composta não só por estímulos visuais, mas também por estímulos sensoriais como os sons, ventos, cheiros, aspecto luminoso, temperatura e clima. E, portanto, é individual uma vez que é formada por um conjunto de percepções decorrentes do repertório de cada indivíduo.

A imagem formada do meio em que se vive é decorrente, então, de estímulos visuais e sensoriais e dos referenciais de forma, símbolos, escala humana e, principalmente, da cor. Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores. A cor vermelha foi utilizada no império romano, pelos nazistas e comunistas. Usualmente é também a cor predominante utilizada em redes de alimentação fast-food. O vermelho é a cor do sangue e naturalmente provoca uma reação de atenção nos indivíduos.

Hermann von Helmoltz, um psicólogo alemão, descreveu no final do séc. XIX o fenômeno da constância das cores. Segundo ele, esse fenômeno explica que as cores tendem a reter a aparência que têm à luz do dia, não importando as mudanças drásticas de intensidade e composição espectral da luminosidade no momento em que são vistas.

Tipos de cores:

Embora onipresente e consideravelmente inevitável, a cor não desperta o interesse da maioria das pessoas. Nos afeta emocionalmente uma vez que as coisas podem ser, dependendo da sua cor e das sensações que nos transmitem quentes, frias, provocadoras ou simpáticas, excitantes ou tranquilas. As cores enriquecem o mundo e a percepção que temos dele. Um mundo sem cor é absolutamente inimaginável.

Na cultura ocidental, as cores podem ter alguns significados. Alguns estudiosos afirmam que podem provocar lembranças e sensações às pessoas. A esses efeitos chamamos psicologia das cores e são correspondentes às cores:

  • Cinza: elegância, humildade, respeito, reverência, sutileza;
  • Vermelho: paixão, força, energia, amor, velocidade, liderança, masculinidade, alegria (China), perigo, fogo, raiva, revolução, ´pare´;
  • Azul: harmonia, confidência, conservadorismo, austeridade, monotonia, dependência, tecnologia;
  • Ciano: tranquilidade, paz, sossego, limpeza, frescor;
  • Verde: natureza, primavera, fertilidade, juventude, desenvolvimento, riqueza, dinheiro (Estados Unidos), boa sorte, ciúmes, ganância;
  • Amarelo: concentração, otimismo, alegria, felicidade, idealismo, riqueza (ouro), fraqueza;
  • Magenta: luxúria, sofisticação, sensualidade, feminilidade, desejo;
  • Violeta: espiritualidade, criatividade, realeza, sabedoria, resplandecência;
  • Alaranjado: energia, criatividade, equilíbrio, entusiasmo, ludismo;
  • Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição;
  • Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério;
  • Castanho: sólido, seguro, calmo, natureza, rústico, estabilidade, estagnação, peso, aspereza.
  • Profissão de Pintor

O pintor de parede é o trabalhador da Construção Civil que pinta paredes de casas e apartamentos; esse profissional é de grande importância na Construção Civil, pois ele dá vida às paredes tornando-as lisas, macias, com texturas e com aspecto de novo.

Normalmente o pintor de paredes não trabalha sozinho, ou melhor, dizendo; sempre tem um meio oficial em pinturas denominado ajudante de pintor. A função do ajudante/auxiliar do pintor é ajudar no processo do preparo da superfície que vai ser pintada, assim também como organizar o ambiente de trabalho.

2.1 – O que faz um pintor:

  • » O pintor faz pintura residencial.
  • » Pintura de apartamentos e prédios.
  • » Faz texturas em paredes.
  • » Aplica verniz em portas e janelas de madeira.
  • » Faz pinturas decorativas em móveis e paredes.
  • » E outros serviços relacionados a revestir paredes, tetos, madeiras e outras superfícies.

2.2 – Maneiras de aprender a profissão:

Podemos aprender a profissão de pintor nos seguintes locais:

  • Serviço nacional de aprendizagem industrial: SENAI;
  • Lojas de material de construção ou grandes lojas de tintas;
  • Direto com fabricantes de tintas;
  • No programa pintor profissional: ABRAFATI.;
  • Trabalhando como auxiliar de pintor de parede até aprender a profissão.
  1. Sobra de Tintas

O descarte indevido das sobras de alguns materiais químicos pode gerar sérios problemas. Os restos de tintas, vernizes e solventes podem ser absorvidos pelo solo ou atingir as águas subterrâneas, contaminando o lençol freático. O descarte em bueiros, pias e tanques pode levar para a rede fluvial a contaminação dos cursos d’água. Se o material tóxico for transportado para uma estação de tratamento, ele pode, dependendo da toxicidade, reduzir a carga microbiana. Além disso, dependendo da quantidade de compostos voláteis descartadas e se o ambiente for confinado, pode gerar gases ou provocar explosões, caso tenha uma fonte de calor.

  1. Proposta do Projeto CDA/ Pinhal Arquitetura

              A proposta do Projeto cujo autor é o Colégio de Arquitetos/ Paulo Pinhal, pretende com ajuda de estudantes de arquitetura e engenharia e cidadãos estabelecerem um estudo de fachadas com a aplicação de cores e com autorização por escrito do Proprietário para pintar a sua fachada, de maneira tal a fazer uma composição na imagem urbana.

              Pretende o projeto parceria com o SENAI e Secretaria da Cultura, no sentido de oferecer oportunidade para quem deseja ingressar na profissão de Pintor, ao mesmo tempo favorecer também oportunidade para os grafites dos artistas da cidade. Sempre com a anuência do proprietário.

              Os materiais a serem utilizados provem de uma “Campanha de uso das sobras de tintas”. As sobras de tintas que ocorrem nas reformas e construções e que muitas vezes são esquecidas fazendo perder a validade de uso e também pelo descarte indevido. As construtoras e empreendedores da cidade também podem colaborar com materiais para as pinturas da cidade.

  1. Envolvimento da sociedade

       Este projeto pode ter um caráter de envolvimento social, uma vez que a partir do momento que envolvemos:

  1. Alunos dos Cursos de Arquitetura para elaborar os projetos de programação visual urbana;
  2. Jovens interessados em aprender a profissão de Pintor de paredes, inicialmente orientado por professores do SENAI;
  3. Artistas de arte urbana e grafiteiros visando estabelecer uma identidade ou um museu a céu aberto para a cidade;
  4. Toda a sociedade no sentido da campanha de reutilização das tintas;
  5. Oportunidade das empresas ligadas a construção de oferecer materiais e equipamentos necessários para o desenvolvimento deste projeto;
  6. O reforço ao Turismo da cidade.

O CDA – Colégio de Arquitetos/ Pinhal Arquitetura ofereceu este projeto para a Secretaria de Cultura e fica a disposição para que se realize esta proposta que faz com que a cidade e cidadãos participem da limpeza visual da cidade.

Mogi das Cruzes, 18 de julho de 2018.

Paulo Pinhal.

Presidente do CDA.