Praça Molhada no Parque da cidade
Para a cidade de Mogi das Cruzes é importante ter um Projeto assinado pelo Ruy Ohtake, um dos grandes arquitetos brasileiros e é perfeitamente compreensivo que por questões burocráticas pela Lei de Licitações, a Administração o tenha escolhido pelo quesito “notório saber” que ajuda a dispensar qualquer tipo de licitação para o Projeto.
Uma coisa é o Projeto e outra é a obra construída com os seus usuários. Para nós arquitetos, sempre temos surpresas sobre o usuário, por mais que estudemos. No caso do Parque da Cidade não foi diferente. Com o “Espelho d’água” logo na entrada e com o calor que tem feito, virou um convite para se refrescar, principalmente as crianças.
Como não temos na região nenhum instrumento público que atenda esta necessidade de se refrescar em época de calor, passou a ser inevitável o acesso do público no “Espelho d’água”, criando assim polemicas nas redes sociais sobre a educação dos usuários.
Como arquiteto, usuário e observador, fico pensando em soluções para este novo problema de adequar o Parque para os usuários e foi por meio de um post na redes sociais que sugeri uma Praça Molhada que atendesse esta necessidade de se refrescar.
A Praça Molhada existe em vários lugares do mundo, e a proposta é simples, pois é um espaço permeável, com pisos antiderrapantes e com vários pontos de jatos de água que funcionam de maneira aleatória, fazendo com que crianças e adultos possam se refrescar com segurança. No post das redes sociais colocamos vários modelos existentes em vários países.
Seria fácil projetar uma e até surgiu outro amigo arquiteto que disse que se eu arrumasse um local público ele conseguiria patrocinadores para a implantação da Praça Molhada, no entanto o problema esta no Parque da Cidade.
Por ser projeto do renomado Ruy Ohtake fica difícil e antiético elaborar qualquer coisa que altere a configuração espacial arquitetônica do Parque, foi ai que encontrei uma solução que respeita o projeto e atende a necessidade da Praça.
No mesmo local onde existe o “Espelho d’água”, adicionaria um deck de madeira e ampliaria os jatos de águas existentes, transformando parte do “Espelho d’água” em Praça Molhada.
Minha proposta é que no verão, colocariam o deck de madeira e no inverno se retirava transformando o “Espelho d’água” para nautimodelismo .
Outra proposta é levar o problema para o arquiteto Ruy Ohtake e solicitar que seja feito uma Praça Molhada para atender esta necessidade, que para o Parque, já provou ser necessária.