Praçarela em Mogi
Na edição de domingo, dia 20 de agosto de 2017, O Diário, jornal da cidade, por meio do jornalista Natan Lira publicou uma proposta minha para a solução da Rua Dr. Deodato Wertheimer, por conta da linha de Trem que corta a cidade.
Fazer uma proposta de transformar o Trem elevado não é nenhuma novidade ou mesmo originalidade, pois já existiram vários cidadãos e até arquitetos que fizeram esta proposta, pois entendemos que é racional liberar o térreo para os pedestres e deixarem os transportes dos vagões: aéreo ou subterrâneo como um Metrô.
A questão de cristalizar uma ideia passa por um processo que é a sua viabilidade e a sua justificativa. Quando o jornalista entrou em contato pedindo uma solução para a cidade, a primeira ideia era fazer uma “Praçarela”, ou seja uma mistura de Praça com passarela em toda área central, que serviria para que integrássemos os dois lados da cidade de Mogi das Cruzes. No entanto, quando comecei a desenvolver a parte gráfica, não vi sentido em valorizar o Trem e desvalorizar os pedestres.
Mesmo já tendo desenhado a “Praçarela”, tratei de deletar e foquei em desenhar uma proposta para que os pedestres fossem valorizados na área central. E daí saiu a proposta de se elevar o Trem e criar um Parque Linear com muitas atividades.
Esta proposta me seduziu e como uma ideia conecta com a outra, vi as possibilidades das atividades no Parque Linear, como tirar o skates dos calçadões e da Praça da Matriz e levar para este Parque, vi também a possibilidade de criar um espaço para “Curso de Segurança Urbana”, onde o cidadão aprende como viver dentro do espaço urbano com segurança, quer seja para conviver com bicicletas e automóveis, ou mesmo para algum evento em situação de risco.
Acho até mais interessantes esta ideia do que todo o resto do projeto.
Enfim, agradeço sempre ao O Diário, pela oportunidade de apresentar propostas que podem até virarem realidades, tais como foram citadas na reportagem, por outro lado, não estou preocupado com a paternidade das ideias, pois, não sou politico, e o que me interessa é a valorização do profissional arquiteto e urbanista.
O que eu aprendi com os grandes mestres que trabalhei é que a Utopia existe até que se torne realidade.
Paulo Pinhal.