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Metrô rodoviário

Metrô Rodoviário

Em 1991 apresentamos uma proposta de mobilidade urbana para a cidade de Mogi das Cruzes.

A proposta era comboios de ônibus que circulariam as margens da linha de trem para fazer a conexão Leste / Oeste.

A ideia foi entendida na época como uma proposta inovadora e acabou sendo aprovada por unanimidade pela Câmera Municipal.

Por conta do monopólio de transporte coletivos na época a ideia ficou pelo caminho.

Suporte para bike

Suporte para bike

Com o aumento do sistema cicloviário nas cidades por conta do distanciamento social.

Fizemos esta proposta para que a cidade tivesse alguns suportes de bike com espaço para propaganda e patrocino do equipamento, para o Condomínio Delfim Verde e depois estendemos para a cidade.

O equipamento é composto por uma base de apoio para a bicicleta com chaves de bocas soldadas com cabo de aço e também uma bomba para encher os pneus.

De custo baixo, será de grande valia se for espalhada ao longo do sistema Cicloviário da cidade.

linha do trem no centro

Praçarela em Mogi

Na edição de domingo, dia 20 de agosto de 2017, O Diário, jornal da cidade, por meio do jornalista Natan Lira publicou uma proposta minha para a solução da Rua Dr. Deodato Wertheimer, por conta da linha de Trem que corta a cidade.

Fazer uma proposta de transformar o Trem elevado não é nenhuma novidade ou mesmo originalidade, pois já existiram vários cidadãos e até arquitetos que fizeram esta proposta, pois entendemos que é racional liberar o térreo para os pedestres e deixarem os transportes dos vagões: aéreo ou subterrâneo como um Metrô.

A questão de cristalizar uma ideia passa por um processo que é a sua viabilidade e a sua justificativa. Quando o jornalista entrou em contato pedindo uma solução para a cidade, a primeira ideia era fazer uma “Praçarela”, ou seja uma mistura de Praça com passarela em toda área central, que serviria para que integrássemos os dois lados da cidade de Mogi das Cruzes. No entanto, quando comecei a desenvolver a parte gráfica, não vi sentido em valorizar o Trem e desvalorizar os pedestres.

Mesmo já tendo desenhado a “Praçarela”, tratei de deletar e foquei em desenhar uma proposta para que os pedestres fossem valorizados na área central. E daí saiu a proposta de se elevar o Trem e criar um Parque Linear com muitas atividades.

Esta proposta me seduziu e como uma ideia conecta com a outra, vi as possibilidades das atividades no Parque Linear, como tirar o skates dos calçadões e da Praça da Matriz e levar para este Parque, vi também a possibilidade de criar um espaço para “Curso de Segurança Urbana”, onde o cidadão aprende como viver dentro do espaço urbano com segurança, quer seja para conviver com bicicletas e automóveis, ou mesmo para algum evento em situação de risco.

Acho até mais interessantes esta ideia do que todo o resto do projeto.

Enfim, agradeço sempre ao O Diário, pela oportunidade de apresentar propostas que podem até virarem realidades, tais como foram citadas na reportagem, por outro lado, não estou preocupado com a paternidade das ideias, pois, não sou politico, e o que me interessa é a valorização do profissional arquiteto e urbanista.

O que eu aprendi com os grandes mestres que trabalhei é que a Utopia existe até que se torne realidade.

Paulo Pinhal.

Cruzamento do habibs

Praça Kazuo Kimura ( Praça do Habibs)

Publiquei uma das ideias para a cidade no quesito “mobilidade” e deu para sentir que é um problema urbano que afeta um grande número de pessoas, onde até teve desdobramento com notícia no jornal Diário de Mogi.

No post apresentado, um funcionário do Departamento de Transito comentou que já pensaram na proposta apresentada, mas por conta do Córrego do Lava Pés, haveria a necessidade de se fazer um ponte que seria implantada dentro do projeto Eco Tietê.

Conheço o projeto Eco Tietê e não vi nenhuma intervenção na rotatória, mas, projetos e verbas mudam conforme o vento sopra.

Fiquei pensando uma maneira de resolver o problema de mobilidade sem esperar as intervenções do Eco Tietê e partir para pensar soluções.

A solução apresentada respeita as infraestruturas existentes, fazendo apenas um ordenamento do fluxo do transito, onde aproveitei para transformar a Praça Kazuo Kimura, mais conhecida como Rotatória do Habibs, fazendo uma homenagem a comunidade japonesa e ao próprio Parque Centenário que fica próximo. Acabei colocando uma escultura que faz alusão a bandeira do Japão.

A proposta continua a mesma. Para quem vai virar a direita, não tem semáforo e é livre. Para quem vai cruzar a via, teríamos um semáforo como qualquer outro cruzamento.

Torço para que algumas destas idéias vinguem.

Arquiteto e Urbanista – Paulo Pinhal.

Faixa Cidadão

Faixa Cidadão

Como o cidadão e cadeirante utilizam a calçada para circular nesta rua ?

Como urbanista venho propor a criação de uma “Faixa Cidadão” nas ruas com declividades, deixando uma faixa de segurança de 1,20m para os pedestres, ciclistas e cadeirantes, visando a mobilidade nas ruas.

Esta Faixa Cidadão tem uma proteção com o trapézio de concreto para que os automóveis não tenham acesso, deixando espaço apenas para os acessos aos automóveis para as casas.

Ela é provida de faixa podotátil para a mobilidade do deficiente visual. 

A faixa amarela é a Faixa Cidadão para todas as ruas inclinadas da cidade.
Os trapézios de concreto evitam que os carros avancem.

Duplicação Mogi Bertioga

Estrada sobre estrada

Paulo Pinhal

A SP-98 é a Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro mais conhecida como Rodovia Mogi-Bertioga, foi inaugurada em 1982, durante a gestão do governador Paulo Maluf, ligando o município de Mogi das Cruzes, localizado no planalto, até Bertioga.

Mogi das Cruzes sempre sonhou em ter um acesso ao litoral, pois a praia fica a mais ou menos 50 quilometros da cidade. A construção da estrada sempre foi promessa dos politicos mogianos que se realizou com o empenho do então Prefeito Waldemar Costa Filho e com a ajuda técnica do Engenheiro Jamil Halage.

A construção da estrada impactou de maneira positiva para ambos os municipios. Mogi das Cruzes que passou ser uma opção de acesso para o Litoral Paulista e para Bertioga cujo crescimento exponencial contribui para que em 1991 o municipio deixasse de ser um pequeno distrito de Santos.

Todas estas facilidades de acesso, com o tempo veio o aumento do número de carros e pouco se fez para a melhora da estrada e no trecho da serra continua a mesma de 35 anos atrás, fazendo com que congestionamentos sejam constantes, principalmente em período de feriados.

A necessidade de duplicação da pista é um assunto debatido constantemente, mas devido a uma série de fatores e entre eles a questão da estrada estar cortando o Parque Estadual da Serra do Mar e outras áreas que são de mananciais, as questões de desapropriações e do impacto ambiental que a duplicação causará.

Pensando exatamente nestes problemas que resolvemos apresentar uma proposta de se criar uma estrada em cima da existente. Mesmo causando impacto, mas em menor proporção, alem de ser um sistema construtivo que é composto por Pórticos colocados às margens da estrada e com lajes estaiadas prevendo que sua implantação não seria necessária a paralização da estrada por longos períodos.

Com uma estrada em cima da outra, poderia a de cima ser no sentido Mogi das Cruzes Bertioga para desfrutar a bela vista do litoral e o retorno e subida da serra por baixo, com toda a estrada iluminada utilizando a tecnologia de placas de fotovoltaicas.

Um ponto fundamental para toda a estrada tanto a de cima como a de baixo é a captação das águas pluviais e o seu despejo passando por um sistema de tratamento de água para que as águas contaminadas com óleo, borrachas e poluição do asfalto não venham contaminarem os córregos e rios que margeam a estrada.

A proposta pode ser utópica para o momento, mas não deixa de ser uma contribuição para ampliar os debates em busca de soluções para o transito nos próximos anos.